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Uma história de luta e superação, para a estudante de jornalismo Crislândia Silva, que nasceu prematura, aos seis meses de gestação, na cidade de Santa Bárbara, no interior de Minas Gerais. Desde cedo teve problemas de saúde, apresentou com a sua prematuridade, paralisia cerebral, cegueira, infarto e convulsões consecutivas. Mas as únicas sequelas foram a deficiência física e a incontinência urinária.
Aos dez dias de vida, foi procurar um tratamento em Belo Horizonte, no Hospital São José, localizado na Região do Barreiro Cidade Industrial, pela sua mãe biológica.
Ao saber pelos médicos de que não tinha chances de sobreviver, sem condições financeiras de ter como cuidar dela, deixou ali mesmo no hospital e não voltou mais.
Lá, pela equipe que cuidou dela, foi adotada pela enfermeira, Maria Inácia, que já tinha 6 filhos, um falecido bebê, e está na família até nos dias de hoje.
A sua mãe adotiva faleceu, no mês de abril do ano de 2021, aos 67 anos, em decorrência da COVID-19.
Crislândia, nunca teve notícias de sua mãe biológica e muito menos curiosidade para procurá-la. Sem magoas entendeu que não tinha condições de cuidar dela e que não a procurou porque achou que não tinha sobrevivido.
Na sua infância e adolescência, frequentou escolas regulares, normalmente, e foi sempre destaque entre seus colegas de classe pela sua performance em sala de aula.
Cris sempre foi ajudada pela sua irmã Juliana que a levava nos lugares nos braços, por não ter autonomia e nem mobilidade, e por não ter a tão sonhada cadeira motorizada que demorou para chegar.
Na sua primeira infância, passeava com a sua família e ia para a escola somente. Naquela época, não tinha nem cadeiras de rodas normal.
O seu primeiro emprego foi aos 19 anos, que arrumou por meio de uma vaga reservada para PCD’s, em uma multinacional. Por lá, aprendeu a se comunicar melhor, perdeu a timidez e começou a interagir com as pessoas. O seu apelido pelos colegas, era “Relações Pública”. Ficou muito querida por todos.
Cris era sempre uma pessoa alegre, brincalhona e sempre fazia amizade com todos.
De tão amada, ganhou a sua primeira cadeira de rodas motorizada, pelos seus colegas, que a presentearam, devido a sua necessidade de locomoção.
Cris era sempre acompanhada por alguém de sua família por uma cadeira de rodas normal, para fazer o trajeto de ida e volta ao trabalho. Neste trajeto, pegava num total de seis ônibus por dia, sendo três de ida e três de volta.
Cris gastava de duas até três horas para chegar. Passou até aperto durante a época de chuvas.
A doação foi doada por 300 pessoas, uma parte do valor necessário para a compra da cadeira.
Crislândia, teve maior liberdade de locomoção, podendo sair mais e ir para diversos lugares conhecer pessoas. Teve mais independência e realizou sonhos. Viajou duas vezes sozinha e a última com amigos, para celebrar os seus 30 anos de idade, na cidade de São Paulo.
No ano de 2018, foi aprovada no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), no mês de agosto de 2019, entrou para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para estudar jornalismo.
Agora está no sexto período, fazendo o seu terceiro estágio na área. O primeiro ocorreu no mês de fevereiro de 2021 e março de 2022, na Escola de Educação Física.
O primeiro ocorreu entre fevereiro de 2021 e março de 2022 na Escola de Educação Física, Na Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO/UFMG), o segundo ocorreu entre março e junho de 2022 no Hospital Das Clínicas da UFMG/Ebserh.
Para saber mais sobre a estudante de jornalismo Crislândia Silva, basta acessar para ficar por dentro de sua história e notícias: Link: https://vivendoadiferenca.com/
Photo imagem: Laura Dacal
Por: Livia Rosa Santana