Menopausa precoce afeta a fertilidade?

Dr. Joao Pedro – Foto Jonas Lavarini.

Especialista da Huntington Pró-Criar comenta sobre as possibilidades de gravidez para pacientes que enfrentam esse quadro

Também conhecida como insuficiência ovariana primária ou falência ovariana prematura, a menopausa precoce é uma condição em que os ovários de uma mulher param de funcionar antes dos 40 anos de idade e ocorre a interrupção do ciclo menstrual.  Por conta disso, muitas mulheres têm dúvidas se é possível engravidar ao ter esse quadro diagnosticado.

Conforme explica o ginecologista e especialista em reprodução assistida da Huntington Pró-Criar, Dr. João Pedro Junqueira Caetano, mulheres na menopausa precoce têm menos de 10% de chance de engravidar naturalmente com óvulos próprios. “No entanto, se o diagnóstico for feito de forma antecipada e a paciente ainda ovular, algumas condutas podem ser tomadas, como a fertilização in vitro ou ainda acompanhamento do período ovulatório com ultrassom para tentativas de gestação natural. As chances de sucesso com FIV são maiores e, no caso de se optar por tratamento com óvulos doados, aumenta muito a possibilidade de gestação”, afirma.

De acordo com o médico, a menopausa precoce está presente em 1% das mulheres abaixo dos 40 anos e as causas dessa condição podem ser genéticas ou consequência de doenças autoimunes. “No primeiro caso, o histórico familiar pode ser um indício. Mães e filhas tendem a entrar na menopausa em idades parecidas, por isso é importante ter atenção ao período menstrual de parentes que são mais próximas”, ressalta Dr. João Pedro.

Ainda segundo o especialista, medicamentos usados para tratar algumas doenças como câncer e doenças auto-imunes também podem acelerar o processo da menopausa, e os tratamentos contra o câncer, como quimioterapia e radioterapia, costumam atacar as células reprodutivas.

“Fatores como má alimentação, sedentarismo e o tabagismo também podem influenciar na qualidade dos gametas e ser um fator de contribuição no surgimento da menopausa precoce. Um estilo de vida saudável é importante para prevenir essa condição”, completa.

Principais sintomas

Entre os principais sintomas, Dr. João Pedro cita a amenorreia (parada da menstruação), ressecamento vaginal, queda da libido, ondas de calor, irritabilidade e falta de concentração, insônia e cansaço, aumento de peso, dores de cabeça, incontinência urinária, entre outros.

“Ao notar qualquer um desses sintomas antes dos 40 anos, é importante procurar o ginecologista para que sejam realizados testes que permitam avaliar os níveis dos hormônios femininos circulantes no sangue, assim como exames ginecológicos de imagem e de avaliação da capacidade reprodutiva. Quanto antes feito o diagnóstico, melhor para a paciente”, finaliza o especialista da Huntington Pró-Criar.

Sobre a Huntington Pró-Criar

A Huntington Pró-Criar atua há 25 anos como especialista em reprodução assistida em Belo Horizonte. A clínica, que desde 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva, tem como objetivo primordial aliar procedimentos técnicos a um atendimento de excelência, primando pelo acolhimento aos seus pacientes. Fundada em fevereiro de 1999 pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB/FEBRASGO, a Huntington Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologistas, embriologistas, psicólogos e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana.

Médico do Felício Rocho lança obra de referência sobre fraturas da escápula

O ortopedista Robinson Esteves Pires, do Hospital Felício Rocho, acaba de lançar o livro Fractures of the Scapula. A obra aborda uma fratura rara e pouco explorada na literatura médico-científica mundial. Publicado em língua inglesa pela renomada Editora Springer, da Suíça, o livro foi escrito em colaboração com os médicos Pedro Labronici, da Universidade Federal Fluminense (RJ), e Vincenzo Giordano, do Hospital Miguel Couto (RJ). Além disso, conta com a participação de especialistas de renome internacional dos Estados Unidos, Índia e Colômbia.

“A fratura da escápula é uma condição relativamente rara, o que a torna um tema pouco explorado na literatura médica. Essa lacuna me motivou a dedicar meus estudos e pesquisas a essa área, culminando na publicação deste livro”, afirma o ortopedista.

“Fractures of the Scapula” explora de forma abrangente questões essenciais, como a definição da fratura de escápula, as abordagens médicas recomendadas, os segmentos populacionais mais atingidos por faixa etária, e os critérios para a indicação de cirurgias. Além disso, o livro aborda os melhores exames de imagem a serem utilizados e fornece recomendações detalhadas para a reabilitação dos pacientes.

Com uma linguagem clara e objetiva, a obra se torna uma referência indispensável para ortopedistas, traumatologistas e demais profissionais da saúde que atuam no tratamento de fraturas.

Odontologia estética e o sorriso perfeito: cuidados essenciais para um resultado duradouro

O interesse por procedimentos odontológicos vem crescendo a cada dia, não só no Brasil, mas também no mundo. No entanto, para garantir que os resultados sejam duradouros e a saúde bucal seja mantida, é fundamental seguir uma rotina de cuidados rigorosa após os tratamentos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Odontologia e Estética (SBOE), o Brasil ocupa o segundo lugar entre os países com maior número de procedimentos, ficando atrás apenas dos EUA.

Nesse cenário, projeções de uma pesquisa desenvolvida pelo instituto irlandês Research and Markets apontam um faturamento de US$ 89 bilhões para o setor de odontologia estética até 2030. De acordo com a pesquisa, a estimativa é de que os consultórios especializados em odontologia estética apresentem um crescimento médio anual de 13%.

Procedimentos como facetas, clareamento dental, e alinhadores invisíveis têm ganhado popularidade, proporcionando não apenas melhorias estéticas, mas também um aumento na autoestima e confiança dos pacientes. Contudo, muitos esquecem que a manutenção desses tratamentos exige um cuidado contínuo e uma atenção especial à higiene bucal.

Após realizar um procedimento estético, é comum que o paciente se sinta ansioso para exibir o novo sorriso. Entretanto, é nesse momento que os cuidados devem ser redobrados. A higiene bucal, antes já essencial, torna-se ainda mais importante para garantir a longevidade dos resultados. Escovar os dentes corretamente, utilizar fio dental e realizar visitas regulares ao dentista são hábitos que devem ser incorporados à rotina.

De acordo com o cirurgião-dentista, mestre e especialista em implantodontia, Dr. Paulo Coelho Andrade, a odontologia estética vai muito além da aparência. Um sorriso bonito deve estar sempre associado a uma boca saudável. “Após um procedimento estético, é essencial que o paciente adote uma rotina de cuidados específicos para garantir que os resultados sejam duradouros. A prevenção e a manutenção são a chave para um sorriso perfeito que se mantenha ao longo do tempo”, destaca.

Os riscos da negligência

A negligência com a higiene bucal pode comprometer os resultados do tratamento estético e causar diversos problemas.

Para garantir que o sorriso perfeito seja mantido por muito tempo, é fundamental seguir as orientações do dentista, manter uma boa higiene bucal e evitar hábitos prejudiciais que podem comprometer os resultados do tratamento, além de realizar visitas regulares ao dentista.

Colesterol alto: uma doença silenciosa negligenciada pela população

Médicos cardiologistas do Mater Dei em Uberlândia  falam sobre o mal que acomete 40% da população brasileira

O colesterol alto é considerado um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o infarto. No Brasil, cerca de quatro entre 10 pessoas adultas têm um nível alterado de colesterol, de acordo com o Ministério da Saúde. Com poucos sinais e sintomas, o colesterol alto pode levar ao excesso de gordura nas artérias, possibilitando o surgimento de doenças no coração, cerebrovasculares, como AVC, e até demência.

Composto de gorduras de extrema importância para nosso organismo, o colesterol pode se tornar um vilão e passar a ser uma ameaça para a nossa saúde. No corpo humano, encontramos os tipos de colesterol LDL, o HDL e o VLDL. Com papéis distintos no organismo, eles atuam na formação de hormônios, na estrutura e função de várias células do corpo, inclusive no metabolismo de vitaminas. Quando nos alimentamos de forma desequilibrada, contribuímos com o excesso de gordura no nosso corpo, como nas artérias, causando doenças para nós mesmos.

Segundo o cardiologista Marcos Gonçalves, que integra o corpo clínico do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, o colesterol bom, que é o HDL, funciona promovendo uma varredura dentro das artérias em relação a pequenas partículas de gordura, o que ajuda na não formação de placas de aterosclerose que podem se transformar depois em fontes de formação de coágulos e de um possível infarto, derrame ou AVC. O colesterol LDL faz exatamente o contrário: o excesso dele ajuda a aumentar a chance de produção dessas placas, de promover uma reação inflamatória local, e que essas placas, uma vez crescendo, sejam uma fonte da criação de um futuro trombo que venha a obstruir a luz da artéria.

Prevalência –   De acordo com o cardiologista Valmir Costa, do Hospital Mater Dei Santa Clara, a prevalência de dislipidemia difere entre homens e mulheres. “Estudos mostram que, em geral, as mulheres apresentam maior prevalência de HDL-C baixo, enquanto os homens têm maior incidência de hiperlipidemia e eventos ateroscleróticos. Essas diferenças podem ser influenciadas por fatores como idade e estilo de vida, refletindo a necessidade de abordagens específicas para cada sexo na prevenção e tratamento da dislipidemia.

Sintomas e Prevenção – Raramente o excesso de colesterol apresenta sintomas, o que torna seu cuidado ainda mais indispensável. “Um estilo de vida saudável, que inclui alimentação balanceada e atividade física regular, é crucial para evitar o acúmulo de ‘colesterol ruim’ (LDL) no organismo. Exercícios físicos reduzem o colesterol LDL e aumentam o colesterol ‘bom’ (HDL), ajudando no controle do peso, da pressão arterial e da glicemia”, diz Marcos.

Alimentação Saudável – A principal fonte de colesterol são os alimentos de origem animal. Assim, o mais saudável é preferir carnes magras, brancas, como peixe e frango, às carnes vermelhas; e priorizar a ingestão de laticínios desnatados, com menor teor de gorduras. Dr. Marcos destaca diversos alimentos que ajudam a reduzir o colesterol LDL e aumentar o HDL. “Aveia e outras fibras, maçã com casca, peixes, linhaça, oleaginosas em geral, laranjas, soja e chocolate amargo em pequenas quantidades são eficazes na manutenção de níveis saudáveis de colesterol”, afirma.

Tratamento – Para aqueles que já possuem níveis elevados de colesterol, diversos tratamentos estão disponíveis.  “As estatinas atuam reduzindo a produção de colesterol no fígado e aumentando a absorção do colesterol LDL no sangue, o que diminui tanto os níveis de LDL no sangue, quanto o risco de doenças cardiovasculares”, explica Valmir. “É crucial a supervisão médica para ponderar os riscos e benefícios do tratamento de forma individualizada, além de avaliar se o tratamento está ocorrendo de forma adequada”, orienta.

Campanha Julho Amarelo: prevenção, diagnóstico e tratamento das Hepatites Virais

No Brasil, as hepatites virais representam um desafio significativo para a saúde pública. Conforme dados do Ministério da Saúde, entre 2000 e 2022, foram confirmados 750.651 casos de hepatites virais no país, sendo a hepatite C a mais prevalente (39,8%), seguida pela hepatite B (36,9%) e hepatite A (22,5%). Em termos de mortalidade, entre 2000 e 2021, foram registrados 85.486 óbitos, com a hepatite C sendo responsável pela maioria das mortes (76,1%), seguida pela hepatite B (21,5%) e hepatite A (1,5%).

Tipos de Hepatites Virais
Existem vários tipos de hepatites virais, sendo os mais comuns as hepatites A, B e C.

Hepatite A:
Transmissão: Principalmente por ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes de uma pessoa infectada.

Sintomas: Fadiga, náusea, dor abdominal, perda de apetite, febre leve e icterícia (pele e olhos amarelados). Nem todos os infectados apresentam sintomas.

Prevenção: Vacinação, boas práticas de higiene e saneamento básico.

Hepatite B:
Transmissão: Através do contato com sangue, sêmen ou outros fluidos corporais de uma pessoa infectada. Pode ocorrer via relações sexuais, compartilhamento de agulhas e de mãe para filho, durante o parto.

Sintomas: Febre, fadiga, perda de apetite, náusea, vômito, dor abdominal, urina escura, fezes claras, dor nas articulações e icterícia. Os sintomas podem variar de leves a graves.

Prevenção: Vacinação, uso de preservativos e não compartilhar agulhas ou outros instrumentos cortantes.

Hepatite C:
Transmissão: Principalmente através do contato com sangue contaminado, como no compartilhamento de agulhas. Menos comumente, pode ser transmitida por via sexual ou de mãe para filho, durante o parto.

Sintomas: Muitas pessoas não apresentam sintomas na fase inicial. Quando presentes, podem incluir febre, fadiga, falta de apetite, náusea, vômito, dor abdominal, urina escura, fezes claras e icterícia.

Prevenção: Não existe vacina para a hepatite C. A prevenção inclui evitar o compartilhamento de agulhas e instrumentos cortantes, além do uso de preservativos.

De acordo com a hepatologista Luma Severino Azambuja e Guimarães, do Mater Dei Santa Clara, as Hepatites Virais são consideradas infecções silenciosas, pois na grande maioria das vezes não apresentam sintomas, e por isso acabam sendo descobertas quando a doença já está muito evoluída, com cirrose ou até com câncer de fígado. Quando apresentam sintomas, eles são inespecíficos, tais como: falta de apetite, náuseas, vômitos, febre baixa, mal-estar e cansaço.

Medidas gerais de prevenção
A vacinação é uma medida eficaz na prevenção das hepatites A e B, com vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). “A vacinação contra a hepatite B é recomendada para todos e o esquema vacinal é composto por três doses, com intervalo recomendado de um mês entre a primeira e a segunda e de seis meses entre a primeira e a terceira dose.
Atualmente, a vacina Hepatite B é indicada em primeira dose o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade, já que cerca de 90% dos bebês contaminados pelo vírus ao nascer evoluem para hepatite crônica”, explica a médica.

Práticas adequadas de higiene, como lavar as mãos e consumir alimentos e água de fontes seguras, são essenciais para prevenir a hepatite A. O uso de preservativos em todas as relações sexuais é uma forma de prevenir a transmissão das hepatites B e C, que podem ser adquiridas por meio do contato sexual desprotegido. Garantir que instrumentos médicos, de tatuagem e de manicure sejam devidamente esterilizados é fundamental para prevenir a transmissão das hepatites B e C.

Importância dos exames de rastreio e diagnóstico precoce
A realização de exames de rastreio e o diagnóstico precoce das hepatites virais são fundamentais para o controle e o tratamento eficaz dessas doenças. Aqui estão alguns pontos-chave sobre a importância desses exames:

Detecção assintomática: Muitas pessoas infectadas com hepatites B e C podem não apresentar sintomas por longos períodos. Sem sintomas visíveis, essas infecções podem passar despercebidas e progredir para complicações graves, como cirrose e câncer de fígado. Exames de rastreio permitem a detecção precoce, mesmo em indivíduos assintomáticos.

Prevenção de complicações: Diagnosticar as hepatites virais em seus estágios iniciais permite iniciar o tratamento antes que ocorram danos significativos ao fígado. Isso pode prevenir o desenvolvimento de cirrose, insuficiência hepática e câncer de fígado, melhorando significativamente a qualidade de vida do paciente.

Redução da transmissão: Indivíduos diagnosticados precocemente podem tomar medidas para evitar a transmissão do vírus a outras pessoas. No caso da hepatite B, a vacinação de contatos próximos e o uso de preservativos são medidas preventivas essenciais. Para a hepatite C, evitar o compartilhamento de agulhas e instrumentos cortantes é crucial.

Tratamento eficaz: Para a hepatite C, os tratamentos antivirais disponíveis são altamente eficazes e podem curar a infecção em mais de 95% dos casos. O diagnóstico precoce permite que os pacientes iniciem o tratamento antes que a doença cause danos irreversíveis. No caso da hepatite B, o tratamento pode controlar a replicação do vírus e prevenir complicações, embora não cure a infecção.

Cumprimento das Metas Globais: O diagnóstico precoce é uma peça-chave para atingir as metas globais estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas metas incluem diagnosticar 90% das pessoas com hepatites virais até 2030 e tratar 80% dos diagnosticados. Esses objetivos são fundamentais para reduzir a mortalidade e a incidência de novas infecções.

O diagnóstico precoce das hepatites virais é primordial para reduzir a mortalidade e as complicações associadas à doença. No Brasil, estima-se que 520 mil pessoas tenham hepatite C, mas ainda estão sem diagnóstico e tratamento. A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é diagnosticar 90% das pessoas com hepatites virais até 2030. “Por isso o exame de sorologia para detecção do vírus no sangue é de suma importância para o diagnóstico precoce”, afirma Luma.

Tratamento
O tratamento das hepatites virais varia conforme o tipo de hepatite. Para a hepatite C, existem medicamentos antivirais extremamente eficientes que podem curar a infecção em mais de 95% dos casos. Para a hepatite B, o tratamento pode não curar a infecção, mas é capaz de controlar a replicação do vírus e prevenir complicações como a cirrose e o câncer de fígado.

Conscientização
A campanha Julho Amarelo, de Luta Contra as Hepatites Virais, é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais. Com esforços conjuntos e comprometimento, é possível avançar na eliminação dessas doenças e garantir uma melhor qualidade de vida para milhares de pessoas.

Médico do Hospital Felício Rocho apresenta mitos e verdades sobre o inverno

Do senso comum ao comprovado cientificamente saiba o que pode ou não, ser prejudicial à saúde

Chegou o inverno e, com ele, vem também aquela preocupação extra com a saúde respiratória. Isso porque, nessa época do ano há um aumento significativo ao que diz respeito as consultas e a procura por auxilio médico devido ao aumento de sintomas gripais. Neste cenário, ocorre também uma série de confusões sobre o que é correto ou não fazer, e até mesmo se determinado hábito pode nos prejudicar.

Prova disso é um registro compartilhado pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, indicando a incidência de 134 mil pessoas que procuraram assistência médica para tratar problemas desta espécie apenas entre maio e junho de 2024. Isso quer que foi registrada uma média de um atendimento a cada 40 segundos a pessoas para os moradores da capital mineira.

Meio tantas ocorrências, o médico otorrinolaringologista do Hospital Felício Rocho, Dr. Eduardo Rossi, destaca que o aumento no número de consultas durante o período se deve a propagação de doenças que atingem desde crianças até os idosos. “O tempo seco casado com as instabilidades climáticas e ainda somado as aglomerações em ambientes fechados, contribuem para a propagação doenças como gripes e resfriados. Essas enfermidades atingem todas as faixas etárias. Além disso, há muitas dúvidas sobre com a estação mais fria do ano pode acometer a saúde. A soma desses fatores explica o aumento no número de atendimentos”.

Tais questionamentos muitas vezes quando não solucionados por um profissional especializado, possibilita a crescente de fake News que se propaguem fazendo com que as pessoas acabem tirando conclusões precipitadas sobre o assunto. “Não são raras as ocasiões em que pacientes chegam ao consultório com conclusões completamente equivocadas sobre determinados hábitos. Geralmente dizem que ‘ouviu dizer’, por exemplo, que o fato de andar descalço ou cabelo molhado provoca resfriado, o que não é verdade”, lembra Rossi.

Ao contrário do que muita gente imagina, existem sim alguns mitos e verdades no que diz respeito ao inverno e sua ligação com as infecções de vias respiratórias e, claro, é importante que todos esses tópicos sejam esclarecidos. O médico do Hospital Felício Rocho desmitifica algumas dessas dúvidas. Veja as principais:

O frio provoca gripe?

Mito. Gripes e resfriados são causados por vírus e não o frio. No entanto, as temperaturas frias e a baixa umidade prejudicam o sistema de defesa respiratório e deixam o organismo mais vulnerável à ação desses micro-organismos.

Gripe é o mesmo que resfriado?

Mito Os sintomas da gripe são mais intensos, com febre alta e possibilidade de pneumonias. Além disso, o agente causador também é diferente. A gripe é promovida pelo vírus INFLUENZA enquanto os resfriados são provocados por vírus como RINOVIRUS e ADENOVIRUS.

Antibiótico trata a gripe?

Mito. As gripes e resfriados são promovidas por vírus. Antibiótico é um medicamento que combate bactérias. Deste modo, não se trata gripes ou resfriados com antibiótico. Caso sejam

utilizados nesse contexto, tendem a fazer mais mal que bem ao paciente.

O inverno aumenta a ocorrência de doenças respiratórias?

Verdade. No inverno, as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados, com menos circulação de ar, o que facilita a propagação de vírus. Além disso, o tempo frio e seco altera os mecanismos de defesa, o que facilita a infecção por esses micro-organismos.

Andar descalço provoca resfriados?

Mito. Ninguém adoece por andar descalço, e sim por estar em contato com outras pessoas que estão resfriadas. Contato com gotas de saliva, não lavar corretamente as mãos ou espirrar perto das outras pessoas são alguns dos fatores responsáveis pelo contágio.

Cabelo molhado provoca resfriado?
Mito. Secar o cabelo é importante para se sentir mais confortável ou evitar a quebra dos fios durante a noite por exemplo. Mas cabelo molhado não provoca gripe!

A desidratação é menor no frio?

Mito. A produção de suor é menor durante o inverno, mas há um aumento na produção de urina. Com isso, a necessidade de se hidratar continua durante esse período.

A sensação de sede é menor no inverno?

Verdade. A sensação de sede é menor durante o inverno e por isso se bebe menos água. Mas atente-se: a desidratação ocorre do mesmo modo. Logo, o ideal na estação é manter a ingestão de dois a três litros de água por dia.

Viagens e pacientes em quimioterapia: combinação pode ser perigosa para a saúde

A temporada de férias está oficialmente aberta. Com a chegada do mês de julho, famílias se preparam para o tradicional recesso do meio do ano. Seja viajando à praia, ao campo ou ao exterior, a certeza é de encontrar aeroportos, estradas e lugares turísticos com uma movimentação mais intensa do que de costume ou mesmo pontos de aglomeração. A situação já é esperada para o período, mas serve de alerta para pacientes que estão recebendo quimioterapia.

Afinal, quem está em tratamento contra um câncer pode ou não viajar durante as férias?

Para o médico hematologista Guilherme Muzzi, que é especialista no tratamento de cânceres relacionados ao sangue, a liberação de um paciente para viagens requer uma análise rigorosa. “Todas as pessoas que estão tratando um câncer têm uma característica em comum: a baixa da imunidade. Isso significa que o paciente tem a sua barreira de proteção contra infecções comprometida, fazendo com que ele esteja mais propenso a contrair vírus e bactérias”, explica.

O médico esclarece que na maioria das vezes o ideal é evitar viagens, sobretudo, quando o paciente está recebendo uma quimioterapia mais forte. “Nessa situação a defesa está ainda mais fraca e as chances de acontecerem complicações é grande. No geral, a liberação para passeios longe de casa é incomum. Não vale o risco”.

Guilherme Muzzi faz recomendações importantes aos pacientes que são liberados para viagem. “Não viaje de avião. O espaço é restrito, concentra um grande número de pessoas a poucos metros de distância e é um ambiente de difícil socorro caso aconteça algo. Além disso, evite ir para lugares que ficam cheios durante o período de férias escolares. Por fim, é imprescindível evitar aglomerações e espaços fechados. Caso transite por algum desses locais, use máscara e leve consigo álcool em gel”, pontua o médico.

O hematologista finaliza esclarecendo como tornar a viagem mais segura. “Prefira distâncias mais curtas. Vá para lugares mais tranquilos, com passeios ao ar livre e que não estejam cheios nesta época do ano. Além disso, o paciente só pode se deslocar caso exista uma rede de apoio para auxílio. As principais recomendações são cuidado e precaução. Proteger-se nunca é demais. Caso possa evitar viagens durante o tratamento do câncer, faça. É mais seguro e previne a ocorrência de riscos desnecessários”.

Hábitos saudáveis podem favorecer tratamento contra o câncer

Cuidados com corpo, mente e alimentação durante período de tratamento do câncer são aliados para a recuperação da doença e manutenção da saúde após a cura

Os hábitos saudáveis podem ser grandes aliados de pacientes em tratamento contra o câncer. Nesse sentido, o próprio Instituto Nacional de Câncer (INCA) tem sua cartilha Estilo de vida saudável durante e após o tratamento de câncer. Realizar atividades físicas e melhorar a alimentação durante o tratamento são algumas das orientações presentes no compilado desenvolvido pelo órgão do Ministério da Saúde.

Um estudo da Universidade Federal de Sergipe (UFS) que analisa a influência da saúde mental durante o tratamento de pacientes com câncer de mama corrobora para a tese de que o cuidado com mente, corpo e alimentação são importantes vetores para a melhora desse tipo de doença. De acordo com a pesquisa, pacientes que possuíam acompanhamento psicológico durante o tratamento oncológico mantiveram maior funcionalidade psíquica se comparado àqueles sem adesão ao serviço de psicologia.

A apresentadora de TV Melissa Paula, que já foi diagnosticada duas vezes com câncer de mama, declara ser prova viva de que essa relação existe. “A luta contra o câncer faz parte da minha vida há alguns anos e cuidar do meu emocional foi o que me salvou de um abismo que poderia ser ainda maior desde que recebi meu primeiro diagnóstico”, relata a apresentadora do Programa Saber Viver, da TV Alterosa.

“O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele. Ele pode se apresentar de várias formas, sendo o nódulo, ou massa ou caroço, a forma mais recorrente. O diagnóstico precoce, principalmente através da mamografia, aumento muito as chances de cura, aumentando a sobrevida das pacientes, facilitando o tratamento e reduzindo as possibilidades de metástases, que é o aparecimento do tumor em outros órgãos do corpo,” explica o médico Marco Antônio Abrahão Reis, médico mastologista e coordenador do Serviço de Mastologia do Hospital Felício Rocho.

“Medo, angústia e stress foram os primeiros sentimentos que vieram à tona com a descoberta do meu câncer de mama. Em seguida, veio o baque na autoestima, já que os seios são parte da nossa identidade de mulher e acabei optando pela mastectomia completa, ou seja, retirei toda a minha mama. Hoje vejo que foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado”, explica Melissa Paula. “O acompanhamento psicológico, a procura por manter hábitos saudáveis e a fé foram e são meus grandes aliados durante essa jornada pela vida”, conclui a apresentadora.

Para a médica Consolação Oliveira, que é especialista em nutrologia, fisiologia hormonal e medicina ortomolecular e que também passou pelo câncer de mama, o cuidado com a alimentação e com outros hábitos saudáveis são premissas a serem levadas em conta do diagnóstico até o fim da vida.

“O fato de um paciente precisar implementar hábitos saudáveis na sua rotina e controlar a alimentação desde que descobre uma doença como o câncer não é necessariamente algo ruim. Pelo contrário, a alimentação e o combate ao sedentarismo são oponentes importantes ao câncer e podem, inclusive, ajudar para a sonhada remissão da doença”, esclarece a médica.

Segundo Consolação Oliveira, evitar o açúcar e inserir verduras e legumes são ações eficazes. “Cortar o açúcar é uma tarefa simples que ajuda a desinflamar e melhorar o funcionamento dos órgãos. Além disso, descascar mais frutas, legumes e verduras e desembalar menos industrializados é essencial para fortalecer a imunidade de quem está tratando o câncer. Nesse momento, suplementar o corpo e ingerir vitaminas e nutrientes indicados pelo médico de sua confiança de acordo com a análise dos exames laboratoriais são comportamentos capazes de auxiliar na melhora do quadro e, eventualmente, na cura”, completa.

A especialista pontua que uma boa saúde pode ajudar na longevidade. “Viver mais é um anseio de pessoas com e sem câncer, mas chegar lá com qualidade de vida e disposição é o grande desafio. Exercitar-se e cuidar da alimentação é um bom caminho para isso, além de contribuir para que o paciente não tenha recidiva da enfermidade”.

Alimentação saudável é aliada no tratamento de outras doenças

Ainda de acordo com a médica Consolação Oliveira, a alimentação também é peça fundamental durante o tratamento de doenças crônicas, por exemplo. “Artrite reumatoide, Tireoidite de hashimoto, Síndrome de Sjogren e a Vasculite são doenças que não têm cura, mas têm tratamento, e a melhora dos pacientes com esse tipo de enfermidade passa pelo cuidado com a alimentação. Além disso, condições como a fadiga da supra renal são amenizadas a partir de um plano alimentar pensado por um médico especialista”, completa a médica.

Todavia, a prevenção ainda é a melhor forma de reduzir os riscos de ter câncer de mama. “Atividade física regular e hábitos alimentares saudáveis ajudam a reduzir a incidência e melhoram o prognóstico das pacientes que são diagnosticas com câncer de mama. Manter um rastreamento periódico com especialista permite um diagnóstico precoce e reduz a mortalidade associada ao câncer de mama. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia orienta que todas as mulheres, com risco habitual, devem começar a realizar mamografia aos 40 anos e, para aquelas com risco aumentado, como quem tem história familiar positivo, é importante um acompanhamento especializado e apropriado de acordo com cada perfil”, conclui o médico do Hospital Felício Rocho.

Instituto Orofacial das Américas aporta primeira franquia em Belo Horizonte

Unidade premium é destinada a dentistas que querem se especializar em odontologia e estética

 Horizonte é uma cidade com um dos mercados mais promissores para a odontologia brasileira. Foi este lugar que o Instituto Orofacial das Américas (IOA) escolheu para apresentar sua mais recente unidade. A boa nova foi apresentada para gestores, professores, docentes e representantes do segmento em uma sessão premier, no primeiro semestre.

Além da confirmação, o evento foi palco para speakers e representantes do IOA apresentarem uma prévia da estrutura, que segue um conceito premium, e das possibilidades que serão ofertadas na capital mineira. Com cerca de 40 unidades no país, o IOA irá oferecer em BH cursos para saúde e estética nas áreas de Odontologia.

A unidade é fruto de investimentos de cerca de R$ 5 milhões e tem como partner a dentista Ana Garcia. “Quando estive na unidade do IOA de Balneário de Camboriú, para ministrar um curso, o padrão premium me chamou atenção. Acredito na odontologia muito além da estética e, percebendo isto dentro da IOA, decidi abrir uma unidade aqui em Belo Horizonte, e unir a minha expertise no setor de pós-graduação com a excelência da marca”, confirma

O local foi projetado para atender os profissionais da odontologia que desejam se especializar em tratamentos orofaciais, sempre com tecnologia de ponta e conforto. Para isso, o espaço, que tem 2 mil metros quadrados, contará com pré-clínicas, clínicas, salas de aula e um auditório. Haverá especializações em todas as áreas de odontologia.

A expectativa é receber 300 alunos nos primeiros seis meses de funcionamento. Dentre os cursos oferecidos estão Especializações, Implante, Prótese, Dentística, Endodontia, Buco Maxilo e Harmonização Orofacial, além de imersões e aperfeiçoamento em Harmonização Facial.

O IOA também traz a clínica escola orientada pelos nossos professores, onde os dentistas pós-graduando poderão realizar atendimentos com os melhores produtos do mercado e valores atrativos, já que temos total apoio da indústria e excelentes homologados.

Sobre a Rede IOAO IOA – Instituto Orofacial das Américas é a maior rede de franquias de educação orofacial. Possui ensino premium especializada em odontologia, com um know-how de um grupo com 20 anos de experiência no mercado. Com elevado nível de qualificação e padrões de alta tecnologia e aperfeiçoamento no segmento, a rede se tornou reconhecida por sua excelência em nível nacional e internacional. Com cerca de 40 escolas no Brasil e no exterior, a Rede IOA, que tem como CEO Dr. Mohamad Abou Wadi, traz nomes de referência em âmbito mundial em seu corpo docente. Além disso, possui estruturas físicas modernas e equipadas com aparelhos de última geração e técnicas pioneiras e inovadoras. Em 2021, a rede uniu-se ao Grupo SEB, do empresário Chaim Zaher. Site Rede IOA: https://redeioa.com.br/

Proposta em tramitação no Congresso almeja determinar que operadoras de planos de saúde a oferecerem planos individuais

Caso aprovada, mudança pode impactar significativamente a forma como os brasileiros contratam esses serviços

Uma nova proposta de lei em tramitação no Congresso busca transformar o mercado de planos de saúde no Brasil. O Projeto de Lei (PL) 1.174/2024, de autoria do senador Romário (PL-RJ), pretende obrigar as operadoras de planos de saúde a oferecerem opções individuais aos consumidores, uma mudança que pode impactar significativamente a forma como os brasileiros contratam esses serviços.
Atualmente em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o projeto ainda aguarda a designação de um relator para avançar nas discussões. A proposta visa garantir alternativas às opções coletivas fornecidas pelas grandes seguradoras, que muitas vezes não oferecem garantias importantes aos consumidores.
Entre as garantias que seriam obrigatórias nos planos individuais, segundo o texto da proposta, estão o reajuste das mensalidades abaixo do valor máximo permitido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a proibição de rescisão unilateral dos contratos sem notificação prévia. “Essas mudanças visam proporcionar maior segurança e previsibilidade aos consumidores, que atualmente enfrentam dificuldades com os reajustes altos e a falta de comunicação das operadoras”, explica Thayan Fernando Ferreira, advogado especializado em direito de saúde e direito público, membro da comissão de direito médico da OAB-MG e diretor do Ferreira Cruz Advogados.
Thayan ainda destaca que, em muitos casos, os planos vendidos como individuais por preços menores são, na verdade, planos coletivos. “Nesses casos, os reajustes de mensalidade podem ser significativamente superiores aos dos planos individuais, prejudicando os consumidores que acreditavam estar contratando um serviço mais acessível”.
O projeto de lei também não impede a comercialização de planos coletivos, empresariais e por adesão, mas exige que as operadoras disponibilizem, obrigatoriamente, modalidades individuais. Essa exigência visa aumentar a transparência e a competitividade no mercado, oferecendo mais opções para os consumidores.
“Esta não é a primeira vez que uma proposta com esse objetivo é apresentada. Em 2021, a Comissão de Transparência e Defesa do Consumidor (CTFC) chegou a aprovar um projeto similar, de autoria do ex-senador Reguffe. No entanto, a proposta foi arquivada após ser enviada para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS)”, justifica o advogado especialista em direito de saúde.
Logo, a regulamentação dos planos de saúde no Brasil é um tema de grande importância e complexidade. Atualmente, a maioria dos consumidores é direcionada para os planos coletivos, que representam cerca de 80% do mercado. Os planos individuais, por sua vez, são cada vez mais raros devido às restrições impostas pelas operadoras e os altos custos regulatórios.
Se aprovado, o PL 1.174/2024 pode trazer uma nova dinâmica para o setor de saúde suplementar no Brasil, oferecendo maior proteção aos consumidores e promovendo uma concorrência mais justa entre as operadoras de planos de saúde.

Mauro Jácome trata uso do balão intragástrico para emagrecer

Médico especializado no tratamento de obesidade com o dispositivo, e também com endosutura, esclarece como utilizar o método de forma saudável

Emagrecimento rápido é, pelo senso comum, um sonho universal. Porém, também faz parte do senso comum que essa corrida contra o relógio e contra a balança ao mesmo tempo é algo que mais prejudica que ajuda. Todavia, segundo uma pesquisa realizada pelo CFF (Conselho Federal de Farmácia) e o Instituto Datafolha, e publicada pelo Uol, 24% dos brasileiros já usaram alguma substância para emagrecer. Do outro lado da moeda, um dispositivo que também é popular é o balão intragástrico.
A maioria destas pessoas sequer procuram auxílio de um especialista. Na verdade, 63% dos entrevistados acabam recorrendo a internet para realizar a aquisição destes, sem nenhum tipo de avaliação prévia de um médico ou outro agente de saúde.
Iniciativa condenada pelo cirurgião geral e endoscopista Mauro Jácome, especialista no tratamento de obesidade com balão intragástrico e endosutura. Para o médico, lidar com o emagrecimento carece uma dinâmica construída a partir de uma tratativa individual e ajustada individualmente para cada caso.
“A luta contra o excesso de peso é uma realidade para muitas pessoas. Felizmente, existem várias abordagens para a perda de peso, e uma delas é o balão intragástrico. Este método não cirúrgico tem ajudado muitos indivíduos a alcançar seus objetivos de emagrecimento e melhorar sua qualidade de vida”, disserta o médico.
Na contramão do emagrecimento exacerbado, Mauro recomenda a utilização do balão intragástrico. “Trata-se de um dispositivo médico feito de silicone, que é preenchido com soro fisiológico ou ar e colocado no estômago. Diferente de procedimentos cirúrgicos, a inserção do balão é minimamente invasiva, realizada através de uma endoscopia. Uma vez no estômago, o balão é inflado, ocupando espaço e ajudando no controle do peso”.
Ao ocupar espaço no estômago, o balão intragástrico reduz a capacidade de armazenamento do órgão, levando a uma sensação precoce de saciedade após a ingestão de pequenas quantidades de alimentos. Isso resulta em uma diminuição natural da ingestão calórica, base essencial para a perda de peso. Além disso, o balão retarda o esvaziamento gástrico, prolongando a sensação de saciedade e ajudando a evitar excessos alimentares.
Na prática, a colocação do balão intragástrico é feita em uma clínica endoscópica com atendimento ambulatorial, na qual o paciente sedado para maior conforto. O médico utiliza um endoscópio para guiar o balão através da garganta até o estômago. Uma vez posicionado, o balão é inflado com o líquido ou ar apropriado, e o tubo de inserção é removido. O procedimento completo dura cerca de 20 a 30 minutos, permitindo que o paciente retorne para casa no mesmo dia.
“Clinicamente, confirmo que o balão intragástrico é eficaz na perda de peso em pacientes com sobrepeso e obesidade. No entanto, o sucesso do tratamento depende da adesão a um programa de mudança de estilo de vida, incluindo orientação nutricional e atividade física regular. Os resultados variam, mas muitos pacientes perdem uma quantidade significativa de peso durante o período de seis meses a um ano em que o balão está no estômago. Além da perda de peso, os pacientes relatam melhorias na qualidade de vida, níveis de energia e autoestima”, justifica o especialista.
Novamente a pauta do emagrecimento rápido, Mauro Jácome ainda esclarece que, apesar do balão instragástrico auxiliar na perda de peso, o paciente também tem boas responsabilidades. “Lembre-se de que a perda de peso saudável e sustentável requer comprometimento e apoio profissional. Com o auxílio adequado e o balão intragástrico, você pode estar no caminho certo para alcançar seus objetivos de perda de peso e melhorar significativamente sua saúde e bem-estar”, finaliza.
Tipos de balão
Tornando a pauta da individualidade por casos, Mauro Jácome ainda esclarece que existem modelos diferentes de balão intregástrico e cada um deles recorre a um tipo distinto de tratamento. “Os tipos de balão intragástrico variam principalmente em termos de material, formato, volume e duração do tratamento. Cada tipo tem suas próprias indicações e contra-indicações, e a escolha do balão mais adequado deve ser feita pelo médico, considerando o perfil e as necessidades do paciente”, salienta o médico.
Entre os modelos, existem os balões Silicone, infláveis com soro fisiológico. Dentro desta categoria estão o orbera, um dos balões mais utilizados e geralmente inserido por um período de seis meses, e o medsil, semelhante ao orbera, também é feito de silicone e preenchido com soro fisiológico para uma duração de seis meses. Outra categoria é o heliosphere BAG, um dispositivo preenchido com gás, o que o torna mais leve, e com sua duração média de seis meses.
Já o Spatz é um modelo de balão ajustável, alinhado em termos de volume após a sua inserção e pode permanecer no estômago por até 12 meses, permitindo ajustes conforme a necessidade do paciente. Existe também o ReShape Duo, um método de colocação dupla e preenchidos com soro fisiológico. Este design ajuda a ocupar mais espaço no estômago e oferece uma maior sensação de saciedade. A duração do tratamento é de seis meses.
Finalmente, existe a categoria de balões ingeríveis. O melhor exemplo é a elipse, um tipo de balão que não requer endoscopia para inserção ou remoção. Ele é ingerido em forma de cápsula e depois inflado com líquido. Após cerca de quatro meses, ele é esvaziado e excretado naturalmente pelo corpo.

Hérnia inguinal afasta trabalhadores e demanda intervenção cirúrgica

Com mais de 29 mil afastamentos em 2023, a hérnia inguinal é a oitava maior causa de incapacidade temporária no país. 

A hérnia inguinal, uma condição comum que ocorre quando uma parte do intestino ou tecido adiposo protrai através de uma fraqueza na parede abdominal, é uma causa significativa de dor e desconforto entre os brasileiros. No Sistema Único de Saúde (SUS), foram registradas 644.283 internações por hérnia inguinal entre 2018 e 2022, com a faixa etária de 60 a 69 anos representando aproximadamente 19,42% dos casos. Homens são predominantemente afetados, compondo quatro em cada cinco internações, com 41,07% dos pacientes declarando-se pardos, segundo dados do DATASUS.

Em 2023, a hérnia inguinal afastou temporariamente 29.749 trabalhadores brasileiros de seus postos, sendo a oitava maior causa de benefício por incapacidade temporária, de acordo com o Ministério da Previdência Social. Dados do DataSUS revelam que foram realizadas 166.131 cirurgias para correção de hérnias inguinais em todo o Brasil, de janeiro a novembro de 2023, com a região Sudeste liderando com 65 mil cirurgias. Entre esses casos, 23 mil foram atendidos em caráter de urgência, representando 13% do total.

A hérnia inguinal é uma condição em que uma parte da cavidade abdominal, geralmente o intestino delgado ou tecido adiposo, empurra o canal inguinal, causando um abaulamento visível na região da virilha. Essa condição pode ocorrer em homens e mulheres, embora a anatomia específica do canal inguinal varie entre os sexos. Nos homens, o canal inguinal contém o cordão espermático, enquanto nas mulheres ele abriga os ligamentos redondos que sustentam o útero.

Os sintomas mais comuns de uma hérnia inguinal incluem dor e um abaulamento na região da virilha, que tende a piorar com o esforço físico, ao caminhar muito ou permanecer em pé por longos períodos. Segundo o cirurgião Bruno Ferola, do Hospital Mater Dei Santa Clara, “esses sintomas são exacerbados pelo esforço físico, como quando o paciente caminha muito ou fica muito tempo em pé”.

Os fatores de risco para desenvolver uma hérnia inguinal são destacados pelo Dr. Bruno. Segundo o médico, “os principais fatores de risco são a predisposição genética e o esforço físico ao longo da vida.”

Se não tratada, uma hérnia inguinal pode levar a complicações graves. As duas principais são o encarceramento e o estrangulamento. O encarceramento ocorre quando uma porção do intestino ou tecido adiposo fica presa no canal inguinal, sem possibilidade de ser empurrada de volta para a cavidade abdominal. Isso pode levar ao estrangulamento, onde o fluxo sanguíneo para o tecido preso é cortado, resultando na morte do tecido, uma situação que requer intervenção médica imediata.

O diagnóstico de uma hérnia inguinal é feito através de um exame físico e da análise do histórico médico e familiar do paciente. Em casos confirmados, o tratamento recomendado é sempre a cirurgia. “Toda hérnia inguinal é recomendada para cirurgia, salvo se o paciente não tiver condições de ser operado”, explica o cirurgião.

Existem três métodos principais de reparo cirúrgico: via aberta, videolaparoscopia e técnica robótica. A escolha do método depende de vários fatores, incluindo a preferência do cirurgião e a condição específica do paciente. Em todas as técnicas, é fundamental o uso de uma tela para reforçar a musculatura e garantir o sucesso da cirurgia. “Hoje, a tela de reforço da musculatura é essencial para termos sucesso na cirurgia da hérnia,” afirma o médico.

Após a cirurgia, o tempo de recuperação varia de acordo com a técnica utilizada, mas geralmente inclui uma semana de repouso antes de um retorno progressivo às atividades diárias e cerca de 30 dias para a retomada de atividades físicas mais intensas.

Transplante de sobrancelha: Dr. Raphael Veloso traz técnica oriental inovadora ao Brasil

Especialista em tricologia acaba de trazer um procedimento diretamente da China que resolve problemas de volume ou perda de pelos na sobrancelha

A perda ou a falta de volume nas sobrancelhas pode afetar significativamente a autoestima de homens e mulheres, impactando sua confiança e bem-estar. Em resposta a essa necessidade crescente, o renomado médico Dr. Raphael Veloso, especialista em tricologia, trouxe ao Brasil uma técnica inovadora de transplante de sobrancelha, aprendida diretamente na China. De acordo com o profissional, a técnica FUE oriental promete resultados surpreendentes e imediatos, proporcionando uma aparência mais harmoniosa e natural.

O especialista explica que a técnica FUE (Follicular Unit Extraction) oriental é uma abordagem revolucionária no campo dos transplantes de sobrancelha. “Diferente dos métodos tradicionais, esta técnica permite que os folículos sejam implantados já com o formato desejado, garantindo que a direção e o volume dos fios sejam perfeitamente orientados desde o primeiro dia. Este procedimento foi lançado há pouco tempo e já é uma tendência”, conta.

Dr. Raphael destaca que o transplante de sobrancelha é indicado para pessoas que sofrem com a perda de pelos na região das sobrancelhas devido a fatores como genética, envelhecimento, procedimentos estéticos e traumas. “Temos que avaliar caso a caso, mas sobrancelhas finas ou ralas e até mesmo a ausência de fios pode ter solução na maior parte das vezes”, explica.

Para o especialista, a melhor recompensa é ver a autoestima de volta aos pacientes. “Sobrancelhas bem definidas e volumosas podem realçar a expressão facial e proporcionar um aspecto mais jovem e harmonioso e quando há a perda de pelos, a confiança e a autoestima são diretamente afetadas. O transplante oferece uma solução duradoura para recuperar a aparência natural, corrigir assimetrias e fazer com que a pessoa se sinta bem com a sua aparência”, complementa.

O transplante de sobrancelha é indicado para qualquer pessoa que esteja insatisfeita com a aparência de suas sobrancelhas e que tenha uma área doadora adequada, geralmente a parte de trás da cabeça. Antes de realizar o procedimento, é essencial passar por uma avaliação médica para determinar a viabilidade do transplante e discutir as expectativas do paciente.

 

Sobre o Dr. Raphael Veloso

Dr. Raphael Veloso é formado em medicina há 12 anos e possui uma vasta experiência em diversas áreas, incluindo Medicina da Família, Anestesiologia e Tricologia, sendo esta última sua especialidade nos últimos 5 anos. Motivado pelo desejo de ajudar mais pessoas a superarem problemas de calvície e outras condições capilares, fundou o Instituto Meca: Hospital Especializado em Transplante Capilar, localizado em Belo Horizonte.

Instituto Meca

O Instituto Meca é referência em transplantes capilares no Brasil, oferecendo uma gama de tratamentos inovadores e personalizados. Com uma equipe altamente qualificada e tecnologia de ponta, o instituto se dedica a proporcionar resultados naturais e duradouros, sempre priorizando o bem-estar e a satisfação dos pacientes.

 

Mais informações: https://raphaelveloso.com.br/

Má qualidade do sono pode influenciar na fertilidade

Foto: Dra. Erica Becker – Crédito: Leo Horta.

Especialista da Huntington Pró-Criar alerta sobre os impactos de noites mal dormidas na saúde de homens e mulheres


Uma pesquisa recente publicada na revista Sleep Epidemiology apontou que 6 em cada 10 adultos brasileiros dormem mal, e o número é maior entre as mulheres (71% delas, contra 57% dos homens). O tempo e a qualidade de sono vêm diminuindo ao longo das últimas décadas pelas mudanças no estilo de vida. Um dos fatores apontados no estudo foi a percepção do uso de smartphones como uma das principais causas de dificuldade para dormir.

De acordo com a Dra. Erica Becker, ginecologista e especialista em reprodução assistida da Huntington Pró-Criar, dormir mal traz problemas metabólicos, cognitivos e cardiovasculares. “O sono é essencial para a saúde de uma forma geral, física e emocional. São recomendadas oito horas de sono por dia para manter o organismo saudável, ou seja, 1/3 da vida é dedicado a ele”, afirma a médica.

No caso da fertilidade, o que se sabe é que o mecanismo pelo qual o sono influencia o sistema reprodutivo é multifatorial.  “Temos um sistema de controle rítmico que se adapta ao movimento de rotação da Terra (dia e noite) conhecido como ritmo circadiano, cuja oscilação cíclica é essencial para manter as funções fisiológicas. Mudanças desse ciclo alteram o eixo hormonal hipotálamo-hipófise-ovário, com impacto na fertilidade das mulheres. E, de fato, um terço das mulheres inférteis relatam distúrbios do sono”, explica a Dra. Erica.  

Importante ressaltar que o tempo reduzido de sono pode afetar a fertilidade não apenas das mulheres, mas também dos homens, conforme destaca a especialista da Huntington Pró-Criar: 

  • A privação do sono interfere na produção hormonal, e, consequentemente, pode haver alterações no ciclo menstrual, impacto na ovulação, redução nas taxas de gestação e aumento nas taxas de abortamento.
  • A redução da produção de melatonina, hormônio antioxidante, pode aumentar os níveis de fragmentação do DNA espermático, com impacto na fertilidade.
  • Estudos epidemiológicos mostram que a alteração do sono impacta a qualidade do sêmen, que é regulada pelos níveis hormonais.
  • A deficiência do tempo de sono reduz a produção de testosterona.

Dicas para ter uma boa noite de sono

  • Evite bebidas estimulantes à noite, como cafeína e álcool.
  • Prefira alimentos mais leves no jantar, evitando chocolate e alimentos pesados.
  • Reduza o uso de telas (celular, tablets e TV) antes de dormir.
  • Cuide da saúde mental – é tão importante quanto cuidar da saúde física.
  • A prática de exercícios físicos é um poderoso auxiliar.

Sobre a Huntington Pró-Criar

A Huntington Pró-Criar atua há 25 anos como especialista em reprodução assistida em Belo Horizonte. A clínica, que desde 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva, tem como objetivo primordial aliar procedimentos técnicos a um atendimento de excelência, primando pelo acolhimento aos seus pacientes. Fundada em fevereiro de 1999 pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB/FEBRASGO, a Huntington Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologista, embriologistas, psicólogos e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana.

22 de abril de 2024

Nadir de Oliveira

Paixão em servir

Paixão em servir.

Nascida em Maceió, e atualmente atuando em São Paulo capital e Guarulhos SP Nadir Oliveira, possui uma história admirável!
Uma mulher empreendedora, que desfruta do dom de transformar a vida de outras mulheres! Nadir sempre quis trabalhar com estética corpo e face, por isso mesmo ela nomeou seu empreendimento assim; conseguiu se solidificar no mercado com muito esforço, e dedicação,Nadir conta, que para se profissionalizar e pagar os seus cursos, precisou vender trufas junto ao seu filho. Hoje se tornou uma mulher realizada, que realiza o sonho de outras mulheres!
A maior felicidade da Nadir é ver o resultado obtido pelas clientes, no qual você pode conferir através do Instagram @ndcorpoeface_
Massoterapeuta desde 1999 Nadir é procurada por artistas de todo Brasil, cantoras, modelos, empresárias entre outros, Nadir corpo e face cuida de todos os gêneros com agendamento com antecedência ela consegue atender home care ou em seu espaço no centro de São Paulo. Nadir oferece um trabalho exclusivo pra cada cliente. Se trata de pele corpo face e com certeza transforma vidas. _ Ver a alto estima adquirida após o resultado é minha maior satisfação ! Ressalta essa grande profissional empreendedora mulher admirável Nadir Oliveira
ND corpo & face
Estética e massoterapeuta!

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